Sartre, comparando a vida humana a um jogo de rúgbi a que se assiste sem conhecer as regras disse: “Vi alguns adultos se golpeando uns aos outros e derrubando-se para fazer passar uma bola de couro entre dois paus. Recapitulando o que vi, não lhe alcancei o sentido, parecendo-me tudo uma piada (in Sartre, J.P., Prólogo “O Estrangeiro”, de Camus, A., Rio de Janeiro, 1969, p.32)”.
Não há dúvida de que, se a vida do homem se resume a um jogo em que se luta para alcançar uma meta, a custa de golpes e empurrões, ainda que o êxito seja obtido, uma hora acaba a partida, como termina a vida. Quando o entusiasmo do campo já não tem valor algum, foi porque aquele jogo nunca teve algum sentido.